segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Cativei, sou responsável

Olá aventureiros e aventureiras, como foi o final de semana de vocês?? O meu foi ótimo.

Hoje estive pensando no que eu escreveria para essa segundona, a segunda segunda-feira de novos conteúdos, que para quem ainda não sabe o blog terá conteúdos diários.

O post de hoje é sobre uma frase muito famosa de um livro também famoso 'O Pequeno Príncipe' de Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943 nos Estados Unidos, com imagens desenhadas pelo próprio Antoine.



 "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

Esta frase foi falada pela raposa para o príncipe após ele ter pedido que ela brincasse com ele e ela disse que não podia brincar, pois não tinha sido cativada pelo príncipe. A filosofia da raposa diz que quando uma coisa não é cativada, ela é apenas uma coisa como todas as outras, não tendo sentido nenhum para quem a olha. Durante a conversa da raposa com o príncipe, este último pensa sobre o que aprendera sobre cativar e diz que a sua rosa o cativou e após olhar um jardim de rosas diz a elas que elas não têm a importância para ele que a sua rosa tinha.

A raposa diz no final, após ter sido cativada pelo menino de cabelos loiros vindo de outro planeta (o príncipe), que ele se torna eternamente responsável pelo que ele cativa. Ele cativou a rosa dele, ele era responsável por ela, ele cativou a raposa, ele era responsável por ela. A sua rosa era a única para ele, assim como era a raposa que tornou-se sua amiga.

Mas o que a raposa quis dizer com esta frase tão linda e reflexiva???

Eu gosto muito dessa frase e todas as vezes que a leio reflito um bocado sobre ela e sempre chego a conclusão de que a raposa tem toda a razão. Nós nos tornamos responsável por aquilo que cativamos. Quando fazemos amizades, devemos manter tais amizades não querendo tirar proveito de tal amigo (a) e nem esperando que ele (a) mantenha o sentimento vivo, mas sim nós é que devemos nos empenhar em manter a relação amigável o bastante, pois nós cativamos aquela pessoa. Falando ainda em seres humanos, a frase não se aplica apenas a amizade, mas a todas as relações afetivas entre duas ou mais pessoas. Mas isso vai além de relacionamentos com pessoas. Por exemplo, uma pessoa que tem um animal de estimação, ela é responsável por cuidar dele, pois ela é quem o cativou. Nos dois exemplos dados até aqui, pode-se ter em mente que quando assumimos a responsabilidade pelo que cativamos recebemos o mesmo sentimento em troca.

Uma vez que nos empenhamos em manter nossas relações afetivas com as pessoas, podemos receber o mesmo carinho, a mesma atenção, o mesmo afeto e o mesmo sentimento de responsabilidade da parte da outra pessoa. No caso dos animais, alguns deles tendem a ser carinhosos mesmo não estando sendo bem cuidado pelo dono, mas quando este cuida com responsabilidade de seu mascote recebe uma atenção mais calorosa do animal.

Mas podemos levar para a questão de objetos ou outros, como a rosa do príncipe. Quando possuímos algo que nos cativou, tendemos a cuidar tão bem daquele objeto que muitas pessoas chegam a ter até ciúmes. Têm pessoas que possuem coleções de determinada coisa, outras mantém uma paixão grande por algum tipo de hoobie e se dedicam tanto, entre outras coisas.

Essa frase, assim como o livro, me inspira a acreditar que nós podemos cativar tudo o que nos cerca, é só querer. Mas não é apenas para cativar, mas para cuidar e manter. Pois somos responsáveis por aquilo. E lendo o capítulo onde esta frase é mencionada pela raposa, eu percebo o quanto as coisas e pessoas que cativei são importantes pra mim. Refletindo nisso, pensei aqui comigo, mas e aquelas pessoas que eu as tenho como importantes para mim, mas não me veem da mesma forma que as vejo?? Nesse caso, você pode ter sido cativado por elas, mas elas não se deram conta disso, e cabe a você cativá-las. E aquelas coisas que pra mim não fazem o menor sentido?? Você não as cativou e sim foi cativado por elas??

Mas como assim?? Elas me cativaram e não eu que as cativei??

O príncipe pergunta à raposa o que é cativar e segundo ela é criar laços. Cativar, de acordo com o dicionário Houaiss, possui um sentido figurado que significa obter a simpatia ou o amor de (algo ou alguém). Quando criamos laços ou obtemos simpatia ou amor de alguém ou algo, isto se torna importante ou único para nós. Por isso quando temos um amigo, é difícil quando temos que nos separar dele por tempo indeterminado, pois perdemos os laços com ele. Também temos objetos que são únicos para nós, pois obtemos simpatia por ele e com outros não tivemos. Quando temos um animal de estimação nós obtemos o amor dele e quando os colocamos lado a lado com outros animais, não sentimos a mesma coisa pelos outros. Quando amamos uma pessoa, podemos colocar outra pessoas junto a esta e não vamos olhar as outras como olhamos aquela que amamos. Quando temos uma atividade que nos cativou, não conseguimos ter a mesma determinação com outras como temos com aquela.

E a responsabilidade pelo que nós cativamos é eternamente nossa, pois se um dia nós colocamos à disposição a nossa simpatia, o nosso amor e a nossa capacidade de criar laços por alguém ou algo, é porque estamos prontos para dar afeto, atenção e cuidados para os tais.

E aí vocês já cativaram ou cativam pessoas, coisas ou animais?? Já foram ou são cativados também?? Reflitam sobre essa experiência e guardem para si mesmos essa sensação gostosa que vem com essa reflexão.

Esse foi o post de hoje,
Fiquem com Deus,
Até o próximo post.


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